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Blog  ·  16/07/2024

Cidades-Esponja: A solução para evitar as enchentes urbanas

Saiba mais sobre o conceito de cidades esponjas e como essa importante ferramenta pode prevenir enchentes urbanas.

A crescente urbanização somada aos efeitos das mudanças climáticas tem tornado as enchentes um problema frequente em muitas cidades. Para mitigar esse desafio, muitos municípios ao redor do mundo estão adotando a abordagem de "cidades-esponja", a qual tem se mostrado cada vez mais eficaz na gestão das águas pluviais.

 

Confira abaixo o que significa esse conceito e como parques e áreas verdes estrategicamente posicionados vem fazendo a diferença no manejo de águas da cidade de Curitiba.

 

O que são Cidades-Esponja?

 

São áreas urbanas projetadas para absorver, armazenar e lentamente liberar a água da chuva, minimizando o risco de enchentes. Inspiradas pela natureza, essas cidades utilizam espaços verdes, parques, lagos e outras infraestruturas para gerenciar a água de forma eficiente.

 

A funcionalidade das cidades-esponja se baseia em três princípios:

 

  1. Absorção: Utilização de áreas verdes, como parques e jardins, que permitem e facilitam a infiltração da água da chuva no solo.
  2. Armazenamento: Criação de reservatórios, lagos e pântanos que armazenam a água durante períodos de chuva intensa.
  3. Liberação controlada: Sistemas que liberam a água armazenada de forma gradual, prevenindo o transbordamento e reduzindo a pressão sobre os sistemas de drenagem existentes.

 

Além disso, essa abordagem de desenvolvimento urbano traz diversos benefícios:

 

  • Redução de enchentes: Diminui o risco de inundações em áreas urbanas.
  • Aumenta a disponibilidade de água subterrânea: Ao facilitar a infiltração no solo, há maior quantidade de água nos lençóis freáticos.
  • Melhora da qualidade da água: Filtra a água da chuva através das plantas e do solo.
  • Promoção da biodiversidade: Cria habitats naturais dentro das áreas urbanas.
  • Espaços de lazer: Oferece áreas verdes para recreação e bem-estar da população.


O exemplo de Curitiba

 

Vários parques em Curitiba, como o Parque Barigui, São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba, desempenham um papel crucial na prevenção de enchentes. Estes parques estão situados ao longo dos principais rios da cidade, como os rios Barigui e Belém, e são projetados para conter as águas durante períodos de chuvas intensas.

 

Quando ocorrem fortes chuvas, esses parques funcionam como esponjas, permitindo que os rios transbordem dentro de suas áreas. Isso evita que a água atinja áreas residenciais, protegendo a infraestrutura urbana e a população.


Parque Barigui após chuva intensa

Autor: Ricardo Marajó/SMCS

 

Desde 2003, Curitiba também tem desenvolvido parques lineares ao longo dos rios. Parques como Cajuru, Mairi, Mané Garrincha e Yberê ajudam a preservar as faixas de drenagem dos rios, prevenindo enchentes e oferecendo áreas de lazer integradas com a natureza. Esses parques não só auxiliam na drenagem, mas também evitam ocupações irregulares nas margens dos rios.

 

Fontes:
Parque dos Manguezais em Sanya, na China, um exemplo de parque alagável — Foto: Turenscape/Divulgação

https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/em-areas-estrategicas-parques-alagaveis-de-curitiba-servem-para-conter-e-drenar-aguas-das-chuvas/70983
https://ciclovivo.com.br/arq-urb/urbanismo/curitiba-tera-parques-alagaveis-para-reduzir-enchentes/
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2024/05/o-que-e-uma-cidade-esponja-e-como-ela-funciona-para-evitar-enchentes