Blog · 17/05/2025
Condomínios e a gestão de resíduos: por que esse assunto importa?

O Brasil produz cerca de 90 milhões de toneladas de lixo por ano, mas recicla apenas 7,5% desse total (Embrapa, 2025). Em meio a esse cenário, os condomínios — que funcionam como pequenas cidades — têm um papel essencial na mudança dessa realidade.
Com uma diversidade de tipos de resíduos gerados diariamente, é fundamental que a gestão condominial compreenda e oriente os moradores sobre o descarte correto. Separar o resíduo comum (como por exemplo, papel higiênico, materiais sujos ou engordurados), do reciclável (papel, vidro, metal e plástico) de forma adequada é o primeiro passo para contribuir com a circularidade desses materiais. Quando a separação é feita de forma errada, muitos resíduos potencialmente recicláveis acabam indo para aterros sanitários, o que prejudica toda a cadeia.
Além dessa separação básica, é importante destacar que alguns resíduos, devido às suas características, exigem destinos específicos e por isso não devem ser descartados em nenhum dos sistemas convencionais do condomínio:
1) Medicamentos vencidos ou em desuso:
Devem ser entregues em farmácias ou drogarias com pontos de coleta. Jogá-los no vaso sanitário ou na coleta comum pode contaminar o solo e os cursos d’água.
2) Eletroeletrônicos:
Devem ser levados a pontos de entrega voluntária (PEVs) ou devolvidos em lojas que comercializam esse tipo de produto. Descartá-los em lixeiras comuns representa risco ambiental e não permite a reciclagem de seus componentes.
3) Pilhas e baterias:
Presentes em controles, brinquedos e equipamentos eletrônicos, esses itens precisam ser descartados em coletores específicos — geralmente encontrados em supermercados, farmácias e lojas de eletrônicos.
4) Óleo de cozinha usado:
Nunca deve ser descartado na pia, pois pode causar entupimentos e poluir os corpos d'água. Muitos condomínios podem firmar parcerias com empresas ou ONGs para fazer a coleta gratuita desse resíduo e destiná-lo corretamente à reciclagem.
5) Lâmpadas fluorescentes e de LED:
Apesar da aparência, não devem ser descartadas como vidro, pois contêm em sua composição substâncias tóxicas que exigem tratamento especial, o ideal é que sejam devolvidas nas lojas onde foram compradas ou em supermercados com pontos de coleta.
6) Roupas e tecidos:
Peças em bom estado podem ser doadas, já aquelas sem condições de uso devem ser encaminhadas a iniciativas de reaproveitamento têxtil, comuns em grandes redes de varejo. O descarte no lixo comum não só desperdiça material como também aumenta o volume de resíduos nos aterros.
A boa gestão de resíduos começa com informação. Separar corretamente os resíduos e destinar cada tipo ao local adequado é uma atitude simples que gera grande impacto coletivo.
Fonte:
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/98943487/coleta-deficiente-e-baixa-reciclagem-ainda-sao-desafios-para-gestao-do-lixo-no-brasil#:~:text=O%20Brasil%20produz%2090%20milh%C3%B5es,para%20avan%C3%A7ar%20na%20economia%20circular.