Blog · 28/10/2025
Carregamento de veículos elétricos em condomínios: sua rede está preparada?

A mobilidade elétrica deixou de ser tendência e já é realidade em muitos condomínios. Carros, motos e bicicletas elétricas estão cada vez mais presentes nas garagens, trazendo junto com eles um desafio que não pode ser ignorado: como adequar a rede elétrica para garantir recargas seguras, eficientes e justas?
Por que adequar a rede elétrica?
Os sistemas prediais tradicionais não foram projetados para suportar a demanda extra de energia necessária para recarregar veículos elétricos. Quando a recarga é feita sem planejamento, o risco de sobrecarga na rede, disparos de disjuntores e até acidentes elétricos aumenta consideravelmente. Além disso, sem uma solução tecnológica, o consumo pode ser rateado de forma desigual, gerando conflitos entre os moradores.
O que pode ser feito?
A adequação da rede elétrica não acontece de um dia para o outro. É um processo que exige planejamento, análise técnica e investimento bem direcionado. Para que a recarga de veículos elétricos seja feita com segurança e eficiência, alguns passos são fundamentais:
1. Avaliação técnica da rede
Cada condomínio tem características próprias: alguns contam com redes mais antigas, outros já possuem cabeamento dimensionado para maior carga. A visita de um técnico habilitado é indispensável para avaliar a capacidade elétrica existente (se é monofásica, bifásica ou trifásica), o estado dos quadros de distribuição e os reforços necessários.
2. Projeto e instalação dentro das normas
A instalação precisa ser feita por empresa especializada, com profissionais certificados e emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Além disso, deve estar em conformidade com normas como a NR10 (segurança em serviços elétricos), a ABNT NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão) e a ABNT NBR 17019 (infraestrutura para recarga de veículos elétricos). Isso garante segurança jurídica e técnica para o condomínio.
3. Definição do local e da infraestrutura
A distância entre o quadro geral e a vaga de recarga influencia diretamente no custo e nos materiais necessários. Quanto mais próximo, menor o investimento. Em alguns casos, pode ser necessário instalar eletrodutos, cabos adicionais e proteções em série para amortecer variações de carga.
4. Gestão do consumo e da cobrança
Um dos pontos mais sensíveis em condomínios é a definição de como será feita a cobrança da energia usada nas recargas. Para evitar conflitos, podem ser instalados medidores digitais em vagas exclusivas ou adotados sistemas de gestão compartilhada que individualizam o consumo em áreas coletivas. Com o apoio de tecnologias modernas, é possível monitorar o gasto de cada usuário, garantir que todos paguem apenas pelo que utilizam e acompanhar essas informações em tempo real por meio de plataformas digitais, que permitem programar recargas, gerar relatórios e simplificar a administração.
5. Segurança e prevenção de riscos
O Corpo de Bombeiros já sinalizou que pontos de recarga instalados corretamente não comprometem a emissão de AVCB (Auto de Vistoria). O risco maior está em tomadas improvisadas e instalações fora das normas. Por isso, adequar a rede é também uma forma de proteger o condomínio contra acidentes e dar tranquilidade aos moradores.
Adequar a rede elétrica não é apenas uma exigência de segurança, mas também uma forma de preparar o condomínio para a mobilidade do futuro. Com a infraestrutura certa, é possível garantir recargas seguras e justas, reduzir riscos de problemas com instalações improvisadas e ainda valorizar o empreendimento, trazendo mais tranquilidade e confiança para os moradores.
Ainda tem dúvidas sobre esse serviço?





